Ora bem, passa-se que estive dezenas de milhares de horas sem internet, por isso, enquanto me entretinha a ler o jornal - principalmente os classificados, na parte do convívio, que fazias as vezes do uso primário da internet - fui acumulando comentários sobre esta porcaria em que vivemos, que para algumas pessoas, inexplicavelmente, ainda passa por país. Ora seja, são notícias já antigas, mas valem a pena ser comentadas.
É certo que poderia ter pedido a algum dos meus valorosos colegas bloguistas para publicarem as minhas opiniões, mas, sinceramente, isso seria o mesmo que o Miguel Ângelo emprestar as matracas ao Leonardo para este pintar o tecto da Capela Sistina.
Bem, vamos lá. Comecemos por algo completamente INAUDITO! Uma autêntica ABERRAÇÃO DA NATUREZA, isto que eu vou escrever. Mas é que nem vos passa pela cabeça.
Amigos, amigas, companheiros de viagem... EU CONCORDO COM O ZÉZITO, digo O SENHOR SÓCRATES.
É verdade. Concordo com o senhor engenheiro Zézito Bonaparte Magno Henriques César Sócrates, o Grande. Mas só numa coisa. E discordo com praí mais de 30 coisas logo a seguir. Mas não deixa de ser um marco na história. Acho eu. Adiante. Com aquela coisa toda das funcionárias de se vestirem de saia comprida, e os cabelos e os óculos e não sei quê, o nosso Zézito teve um repente de génio - o que se prova que também acontece aos piores, nem que seja de vez em quando - proibiu o uso de perfumes agressivos.
Meus amigos, de decisões assim é que o país precisa. E eu sei, que já tive uma funcionária que usava um perfume tão enjoado, que eu tinha que chegar ao escritório 10 minutos antes dos empregados pra abrir logo as janelas todas. Em pleno Inverno. Mas que bem que sabia o frio, só pra não ter que mamar com aquele "perfume" nauseabundo.
Claro que discordo com as outras medidas todas. Quer dizer, ainda tou pra ver a funcionária pública que mereça realmente usar saia curta ou decote generoso. Mas não é esse o caso - isto é um país livre ou não é? Se as funcionárias públicas deste país querem usar pouca roupa para poderem mostrar as banhas e as peles caídas, deixá-las. Mal por mal, podemos passar o tempo a apontar e a rir. As pessoas podem fazer figuras ridículas e nós podemos gozar com elas. É assim que funcionam as democracias.
Só que há quem não pense assim. O vosso primeiro-ministro, por exemplo. Bom exemplo disso é aquilo do sal no pão - ouve lá, Zézito. Se eu quiser meter 3 quilos de sal num paposseco, o problema é meu, meu anormal. Não és tu que me vens dizer o que comer, palhaço. Faz lá a tua vidinha regrada com comidinhas saudáveis e o cacete, e deixa-me comer porcarias e beber litros de àlcool, à homem. Olha, e a próxima vez que começares a correr, faz-nos o favor de só parares na China ou debaixo do Atlântico. De preferência a segunda opção, é mais definitiva.
Ui, agora que tou a ler aquilo ali em cima, tou-me a lembrar do processo ao outro moço. Queres ver que ainda vou ser processado? É que o Zézito Bonaparte Magno Henriques César Sócrates, o Grande, tem a mania que TODOS devemos concordar com o que ele diz. E falar mal dele dá direito a pena de morte, ou assim. Mais ou menos como um Estaline, António de Oliveira ou mesmo um Adolfo.
Ou seja - podemos violar crianças, bater nas mulheres, assassinar animais, assaltar pessoas - ou vice versa - mas não podemos, isso nunca, chamar nomes ao Zézito. Pois olhem, eu, por mim, chamo nomes a que eu quiser, e quem não gostar, tem boa solução - process... digo, chamem-me nomes também. Ou assim seria, se isto não fosse uma ditadura de merda.
Senão, vejam o caso de Itália, e do famoso Sílbio Burlaeesconde. Também há jornais que falam mal dele. E ele, processa-os, aos jornalistas? Claro que não! Reage à homem. Diz que já não fala com eles, e que vão ter relações, e não sei quê. Olha, um Sílbio é que fazia falta cá a Portugal. Ou uma Adalberto, mas o gajo não quer saber do rectângulo pra nada. É pena. Volta, Adalberto. Estás perdoado. Mesmo que não tenhas feito mal a ninguém, estás perdoado.
Quem parece que também gosta de andar a brincar aos processos é a senhora dona Fernanda Cancro, ou lá como se chama. Aquela que dizem ser namorada do Zézito, e que também não gosta que falem mal dele - do Zézito - à frente dela.
Bem, mas essa, eu até compreendo. A mim também me podem chamar muita coisa, mas eu espeto um processo naquele ou naquela que me associar de qualquer maneira, mesmo que indirectamente e em 7.º grau, com o Zézito. Não, primeiro bato na pessoa, e DEPOIS espeto-lhe um processo, assim é que é.
No entanto, há aqui um problema. É que a senhora dona Cancro parece ser mesmo namorada do Zézito, o que me faz temer o pior: que ela inda deve ser mais nariz empinado e mania de esperta que ele. Tipo "têm que me reconhecer pelo meu valor, porque eu sou bué da boa, e tal, e não por andar com quem ando." Dá-me asco, pessoas assim. Nã quer ser conhecida como a namorada do Sócrates, porte-se de maneira profissional, olha! Quer dizer, sai de um programa porque falaram mal do namorado dela, mas não quer ser conhecida como namorada dele. Dá-me asco, pessoas assim.
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